Eu não vou mais chorar depois de
um fracasso. A vida é cheia de altos e baixos e temos que aprender a levantar a
cabeça depois das derrotas. Não é fraqueza admitir que errou; fraqueza é
acreditar que nunca será capaz de errar; pior que isso, é estupidez.
Mesmo se uma chuva de tristeza
cair sobre mim, eu não quero me desesperar. Eu deixo a chuva me molhar e depois
me seco com prazer. Chorando também é possível aprender. Não é só de sorrisos
que se constrói uma jornada. Embora, eu saiba que há pessoas que perecem sem
aprender quase nada.
Não quero ser uma daquelas
pessoas que se enchem de orgulho e são incapazes de perdoar. Prefiro juntar
toda a coragem do mundo e aceitar que também sou falha. Perdoar não é
sobreviver com migalhas; é reconhecer que ninguém caminha sozinho e que somos
pura imperfeição.
Mas, por favor, que eu nunca confunda
amor com gratidão. A vida é uma reinvenção diária e eu juro que, às vezes,
choro sozinha no meu quarto, mas quando me levanto é para viver um novo dia.
Não, eu não me deixo preencher de agonia. Prefiro pensar em novas rotas a
seguir. A vida se torna mais leve quando você sorrir.
Reconheço que houve um tempo em
que eu me entregava ao desespero. Houve um tempo em que eu era muito cruel
comigo mesma. Agora, decidi ser mais leve e deixar o vento assanhar meu cabelo
enquanto eu caminhar. Embora, eu perca uma batalha, não admito perder jamais a
guerra. A luta só termina quando a vida se encerra. E ainda há quem diga que o
que é mais importante vence até mesmo a morte.
De tudo o que eu sonhei um dia;
só quero a sorte de um amor tranquilo e nada mais. Sucesso envaidece os homens.
Glória cega os nossos olhos e somos incapazes de enxergar além. Quero a paz que
um dia li em um livro atemporal. Quero algo fixo para me segurar em meio ao
vendaval. Quero seus olhos brilhando me observando quando eu acordar. Quero uma
rotina que não se repete por força do amor que se renova diariamente. Quero mais
que um corpo, almejo por uma mente. Se isso é pedir muito, então eu silencio,
mas continuo a te esperar.
Luciana Braga
