5.24.2016

DEIXAR DE TE AMAR



Não há um só dia que eu não pense em você; que eu não sonhe com o seu encontro; que eu não fantasie beijos ao luar. Não há um só dia que eu não dedique a te amar.
Por que parece tão errado te amar tanto assim? Por que não consigo tê-lo um momento sequer junto de mim? Por que quando busco esquecê-lo, minhas lembranças o trazem para perto sem pavor. Quando e como foi que comecei a te dedicar tanto amor?
Quero apagar cada lembrança rara do seu sorriso, cada olhar misterioso, cada gesto revelador. Eu quero acabar com o nosso amor. Aliás, nunca foi nosso o que só existiu dentro de mim. Por que sempre pareceu tão proibido te amar tanto assim?
Busco sua opinião para as coisas mais banais. Mas, palavras e promessas já não me satisfazem. Quero a plenitude de uma correspondência de corpo e alma. Você é a perturbação, mas eu preciso da calma. Você é meu sol, meu luar, minhas estrelas, meu papel em branco. Você é aquele que eu amo tanto.

Amo e não sou capaz de entender. Amo e gostaria de arrancar de dentro como se fosse um veneno que me mata lentamente. Amo-te única, verdadeira e infinitamente. Amo, mas não posso seguir em frente. Amo teu corpo, tuas palavras e tua mente. Amo, mas queria parar, porém não sou eu quem define quem, quando, como deixar de amar.

                                                                                                              Luciana Braga
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