9.03.2015

ATRAVÉS DA JANELA




Quando eu o vi através da janela do ônibus, sorri com os olhos e com o corpo inteiro.
Senti um impulso verdadeiro e uma vontade imensa de te abraçar sem dar explicação.
Nem sei se isso tudo algum dia foi paixão ou se é apenas porque você representa meu ideal.

Quando eu o vi através daquela vidraça reluzente, senti que meu dia melhoraria de repente.
Senti aquilo que um amante sente quando encontra a pessoa amada antes do combinado.
Sei que desse sentimento sou o único culpado, mas quero acreditar que não é ilusão, é real.

Quando você me viu, eu fingi desinteresse e, até um livro, eu abri e comecei a ler sem atenção.
Fantasiava que você sentaria ao meu lado e seguraria minha mão; que você iria me dizer que
é todo meu o seu coração. Então, fantasiava declarações que nunca saíram de dentro de mim.

Quando você me viu e ficou sentado ao meu lado, o mundo girou e me senti novamente culpado.
Tinha tanto para dizer, mas sequer conseguia balbuciar uma palavra sem tremer.

Quando nos vimos não havia nada mais importante para mim, a não ser eu e você!

Luciana Braga
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