7.03.2013

NOSSA HISTÓRIA DE AMOR







Ele segurou a minha mão e me disse que estaria comigo onde eu estiver.
 Ele sempre soube quais as palavras exatas para me dizer.
 Ele me ensinou o sentido verdadeiro da fé.
Ele me proporcionou momentos que nunca vou esquecer.

Ele sussurrou em meus ouvidos que eu era a sua felicidade.
Ele me carregou no colo quando eu não conseguia caminhar.
Ele me ensinou o que é amor de verdade.
E foi só por causa dele que eu voltei a sonhar!

Ele me fez conhecer sabores nunca experimentados.
E foi ele que me levou para conhecer o imenso mar
Ele me dava os melhores abraços apertados.
Ele me beijou a mão e me pediu para namorar.

Eu aceitei em meio a sorrisos incertos.
Ele me olhou com um olhar forte e tão bonito.
A sua voz era um afago e mil afetos.
E o nosso encontro era um instante infinito.

O tempo foi passando e nosso amor só crescia.
E ele sempre me falando de sua fé e de sua crença.
Mas, o inevitável aos poucos acontecia.
E a minha fé se abalou com a sua doença.

Cada consulta era um passo rumo a triste sorte.
Eu o abraçava e jurava nunca o abandonar.
E quando ele achava que já estava perto da morte.
Eu o dizia que é possível retornar.

Foram meses de sofrimento e muita dor.
Cada quimioterapia era uma agonia que o dilacerava.
Mas, nada disso abalou todo o meu amor.
E tudo era motivo para ele dizer como me amava.

Com o tempo, a doença já era um problema sem solução.
Lembro-me como foi duro encontrar um sorriso novamente.
Mas, ele era o meu amor, a minha vida e a minha paixão.
E eu era tudo o que ele tinha de importante pela frente.

Tivemos quatro meses para viver tudo intensamente.
Fomos felizes como se cada dia fosse único e era.
Ele ainda me beijava no escuro e lia a minha mente.
Os momentos com ele eram doces primaveras.

Mas, então chegou um dia em que a morte o levou enfim.
Eu perdi meu rumo e quis me agarrar a ele como criança.
Eu não estava acostumada a tê-lo longe de mim.
E sem ele, eu perdia toda e qualquer esperança.

O tempo foi passando e eu não queria mais viver.
Cada lembrança era uma lágrima que insistia em cair.
Nada jamais me faria esse amor esquecer.
Nada me segurava, então tentei fugir.

Caminhei rumo a um precipício e baixinho falei:
Meu amor, estou indo ao teu encontro afinal.
Mas, brilhou no céu uma luz tão forte que parei.
E senti teu abraço quente, verdadeiro e imortal.

Luciana Braga






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