Ele me pediu uma prova de amor.
Mas, será que amor deve ser colocado à prova? Amor não é experiência
científica, não é movido pela razão. Amor é o máximo da paixão. É o meu abrir e
fechar de olhos. É a minha maior essência. Amor não tem explicação, não tem
causa, mas tem consequência.
Quando a gente ama fica meio
bobo. O coração bate forte sem querer. As mãos ficam trêmulas e incertas, mas
os olhos brilham sempre que a pessoa amada teima em aparecer.
Quando a gente ama costuma
fantasiar o outro. Fica cego para os defeitos e passa a acreditar em perfeição.
Quando se ama tudo é momento de prazer, desde uma noite de amor a um simples
aperto de mão.
Mas, custo muito a acreditar que
um sentimento tão puro como esse possa ser colocado à prova como um cálculo
matemático. O amor não é um conceito ou
uma fórmula, mas é um sentimento sublime e enigmático.
Por isso, meu bem, não me peça
nunca uma prova de amor. Peça-me beijos, carícias, abraços ou não me peça nada
e deixe acontecer. Quando a gente pede, o momento perde a magia e passa a ser
controlado. Quando a gente pede, parece que só a gente necessita. E amor não se
pede, não se implora, nem se obriga.
Amor é sentimento livre como um
pássaro no céu. Prendê-lo é condenar a sua liberdade. Cortar as suas asas é a
maior crueldade que podemos fazer. Por isso, meu bem, deixa-me ser livre e
escolher. Deixa-me voar para bem longe até cansar. Deixa-me ser livre para
sonhar.
Mas, saiba que se há amor de
verdade entre nós, um dia eu voltarei e te farei sentir o infinito em forma de
carinho. Eu serei a estrela que guiará o teu caminho. Serei a tua bússola, a
tua direção. Serei o teu beijo ao amanhecer. Serei tua namorada para a vida
inteira. Serei a tua felicidade derradeira. Serei teu abraço e tua paixão. E sem
que você me peça, eu darei a maior prova de amor possível para mim: eu te darei
um amor verdadeiro, intenso e sem fim!
Luciana Braga
