11.13.2012

QUANDO EU O ENCONTREI...





Quando eu o encontrei, não imaginava que iria me cativar tão intensamente como fez. Quando eu sorri para você, senti como se o meu sorriso agora te pertencesse. Nós tínhamos prometido não mais amar. Entretanto, esse torpe sentimento nos feriu e nos traiu.
Sabemos que não há como comandar o coração que insiste em caminhar livremente. Não há como controlar essas lágrimas que agora insistem em inundar o meu rosto. Não há como pedir que eu me afaste, enquanto o meu corpo te busca convulsivamente.
Não me peça para agir diferente. Eu não sei ser outra pessoa. Não me compare, por favor. Eu não sou mortal, eu sou fada. Mas, você não quis se render aos meus encantos, então não diga que sou perfeita. A minha única perfeição é renascer das cinzas. O resto é mero erro, engano, desilusão.
Não diga que é meu o teu coração, porque eu já estou farta de tantas palavras. Não confunda a minha mente. Veja se sente o meu corpo tremendo quando você se aproxima. Não, eu já não sou aquela menina que você desdenhou um dia... Eu sou mulher e como tal, também me magoo. As crianças é que são plenas e esquecem. A gente se martiriza com as lembranças e sobrevive de frágeis esperanças e promessas vãs.
Foi tão bom te encontrar aquela noite. A lua me dizia que você era puro de sentimento e que suas palavras ultrapassariam os limites da minha compreensão. Quando eu te abracei, não era um mero contato, era entrega, era paixão.
Mas, agora tudo perdeu o total sentido. Sinto-me sozinha outra vez. Sei que já estou acostumada, mas que droga! Porque você foi dizer que me amava.
Eu sou tola, você sabe, eu infelizmente acreditei...
Luciana Braga
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