10.15.2012

HOUVE UM TEMPO...




Houve um tempo, em que eu acreditava que vivia cercada por rosas, ou seja, carinho, amor, tranquilidade e brincadeiras. Esse tempo passou, porque meu olhar mudou. Tornei-me mais crítica e fatalmente observadora. Aprendi que continuo andando entre rosas, mas essas, as rosas, têm espinhos que me ferem a todo o momento. As rosas aqui são as pessoas que amamos. Elas continuam nos amando, dando-nos carinho e nos promovendo maravilhosos momentos de tranquilidade ou alegria.
No entanto, essas rosas, aparentemente sensíveis e delicadas, ferem-nos cruelmente. Ferimos quando magoamos quem amamos. Eu ainda possuo as marcas dos espinhos que rasgaram a minha pele ao longo da vida. Essas feridas deixaram de doer, deixaram de sangrar, deixaram de evidenciar todo e qualquer sofrimento. Entretanto, as cicatrizes ainda existem em mim, assim como o amor.
 Enfim, é impossível não magoar quem amamos, pois você só se sente magoada, quando ama. Contudo, é humanamente possível e executável elaborar um simples pedido de desculpas. Desculpe-me se os meus espinhos te feriram levemente, como um empurrão; se te feriram de maneira mais brusca, como em uma decepção ou se te rasgaram profundamente a pele, quando eu disse o que não devia, sem pensar... Empurrões machucam, decepções maltratam, mas as palavras... Essas simples e surradas palavras são capazes de matar a quem se ama!
   Luciana Braga

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