5.12.2014

A MORTE DE UM IDEAL



A MORTE DE UM IDEAL

Eu idealizei um amor que só existiu dentro de mim.
Eu imaginei um alguém que fosse capaz de me surpreender.
Eu fui de olhos vendados e sem cautela me joguei nesse oceano sem fim.
Eu me enganei quando decidi me entregar de corpo e alma a você.

Eu idealizei um alguém com olhos de oceano e lábios de morango.
Eu imaginei que cada instante ao seu lado seria completo pela simples companhia.
Agora vejo que tudo não passou de um simples ou cruel desengano.
Sinto fechar meu coração para a vida e meu sorriso para qualquer alegria.

Eu idealizei um amor puro, perfeito, completo e sem fim.
Eu imaginei que encontraria a proteção que eu sempre busquei em seus braços.
Eu me enganei por projetar em você tudo o que existia apenas dentro de mim.
Eu me arrependo de ter me unido ao teu corpo e de ter seguido teus passos.

E agora eu me arrependo tanto, mas já não posso voltar atrás e apagá-lo de mim.
Arrependo de ter recebido tuas palavras com ternura e amizade.
Arrependo-me tanto de ter idealizado um sentimento tão forte assim.
Só não me arrependo de ter tirado você do meu peito e destruído, até mesmo, a saudade.

Luciana Braga


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