7.13.2013

ELAS





Sei que não tenho direito de pedir que ela fique, mas isso não anula o meu sofrimento e o meu desejo de não me separar. Isso não diminui toda a minha capacidade de amar. Ela surgiu na minha vida de repente, mas aos pouquinhos foi roubando a minha mente e a minha atenção. Aos pouquinhos, ela foi roubando o meu coração.
Enveredamos em uma estrada estreita e difícil de caminhar. Eu segurei a mão dela apesar de toda a contradição que viam em mim. Eu me agarrei a ela como se cada dia fosse o nosso fim.
Ela me ensinou a dividir momentos especiais. Ela me encheu de manias e de seus ideais. Ela me proporcionou momentos intensos, loucos e imortais.
Por ela, eu me afastei de todos e depois os reencontrei. Por causa dela, as minhas noites não eram mais frias. Ela preencheu a minha vida vazia, mas eu não soube reconhecer. Eu fui perdendo esse amor à medida que as lágrimas rolavam no nosso rosto após cada discussão insensata. Ela me chamava de ingrata, mas, mesmo assim, eu achava que nunca iríamos nos separar.
Tenho certeza que foi ela que me ensinou a sonhar. Ela que me abraçou bem forte e me fez sentir o seu calor. Ela que me mostrou dia após dia a grandeza do nosso amor.
Agora as lágrimas rolam do meu rosto sem cessar. Agora eu grito para ela que não vou nunca deixar de amá-la, mas ela insiste em partir...
Somos adultas e não posso amarrá-la aos meus pés. Somos amigas, companheiras e amantes. Sei que se ela for, irei sofrer a todo instante, mas não posso apagar os momentos frustrantes do seu pensamento. Não posso simplesmente dizer: “eu lamento”. Então, eu a beijo loucamente e tento fazê-la perceber que eu sou incompleta sem ela, porque sem ela não sei mais viver.

                                                                                                            Luciana Braga
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