10.19.2012
Amar dói. O amor fere a nossa
carne como uma faca inflamada de ódio. O amor mata. Por tudo isso, é preferível
não amar. Eu mesma já tentei sentir tantas vezes e sempre me arrependo de
tentar entender esse sentimento. Amor não se entende. Amor é vida e com amor se
vive. Mas, eu penso sinceramente que não sabemos amar ou amamos muito errado.
Quando amamos prendemos a pessoa
amada. Isso para mim não é amor, é egoísmo. Amor que é amor liberta. Não
adianta gritar aos quatro cantos da Terra: “Eu amo, eu amo, eu amo!”. Se não
liberta a pessoa amada, você não sabe amar.
Amor de verdade nasce dentro da
gente e faz um estardalhaço na nossa cabeça. O meu problema é que eu a cada
momento penso que estou amando e erro sempre. Eu não quero mais pensar. Mas,
quando eu penso nisso, já estou quebrando a minha regra. Regras... Não há
regras superiores ao amor... Há?
Amor é a imensidão. É o infinito
que não alcançamos com as mãos. Amor é sofrimento. Amor não é paixão. Amor de
verdade ultrapassa o tempo e nos faz perder a razão. Por isso eu sou
contraditória e insisto em te amar. Logo eu que confessei no início que o amor
mata. Mas, é preferível morrer te amando a nunca ter tido a graça ou desgraça
de amar.
Isso porque você me fez enxergar
algo em mim que eu nunca observei. Os seus mistérios iluminaram a minha alma. E
agora eu perco toda a calma e fico aqui sempre a te esperar. O problema é que
meu amor não é paciente e sei que ele devia sê-lo. Mas, é porque eu tenho
pressa em te encontrar e em falar com você. É muito ruim estar longe e é impossível
não sofrer.
Portanto, ainda que não me compreendam
e digam que sou louca, finalizo contradizendo a mim mesma e afirmando que quero
tentar. Sim, quero tentar por você. Quero mesmo te ver e declarar que durante todo
esse tempo em que eu passei indecisa e fugindo do amor, encontrei você e peço,
por favor, não me deixe cair no abismo da decepção outra vez. Lembre-se te tudo
o que a gente fez. Lembre-se que não há limites em minhas palavras. Acredite no
que as minhas atitudes já te fizeram perceber.
Ainda que eu sofra e queira
cometer um suicídio, não quero desistir desse amor. Ainda que ele seja o abismo
que me separa da lucidez. Veja tudo o que você fez e não pense em nada. Ou
melhor, pense apenas em me abraçar. Eu te trarei a vida. Eu sararei as suas
feridas. Eu irei para sempre te amar.
Luciana Braga